terça-feira, 26 de março de 2013

“Ross não pode cumprir a sua missão enquanto a França continuar a apoiar Marrocos“





O ministro saharaui dos Negócios Estrangeiros, Mohamed Salem Uld Salek, afirmou hoje que o enviado pessoal do Secretário-Geral das Nações Unidas para o Sahara Ocidental não pode cumprir a sua missão enquanto a França, país membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, continuar a dar o seu apoio a Marrocos. "É tempo de resolver a questão saharaui para que se possa adquirir a paz, a calma e a fraternidade na região, antes que as coisas escapem a qualquer controlo", advertiu, por seu lado, Moulay Bibatt, presidente do Conselho Consultivo Saharaui.

"França, país dos direitos humanos, apoia Marrocos que ocupa ilegalmente o Sahara Ocidental", acrescentou Salek, que lamentou que, por um lado, França intervenha militarmente em vários países, entre eles o Mali, para "impor a democracia" e, por outro lado, continue a apoiar Marrocos, "um país que comete crimes atrozes contra o povo saharaui apenas por reclamar a paz e a independência".

Uld Salek instou a comunidade internacional a atuar com urgência para evitar "a deterioração da situação que pode ter consequências incalculáveis para a estabilidade da região".

“A paciência tem limites”

Por seu lado, o presidente do Conselho Consultivo Saharaui (CCS), Moulay Bibatt, declarou também hoje que "a paciência dos saharauis chegou aos seus limites, face à situação crítica em que vivem".

"A paciência dos saharauis atingiu os seus limites e as questões de violações de direitos do Homem e de usurpação da terra dos saharauis não podem mais ser toleradas", afirmou Bibatt à imprensa, na sequência de um encontro com Christopher Ross.

O presidente do CCS sublinhou que o povo saharaui "não é mais capaz de conter os impactos potenciais que podem surgir de uma situação marcada por um cúmulo de quase 40 anos de luta e sofrimento, e que se tornou insuportável, podendo mesmo representar uma ameaça para a paz e a estabilidade em todo região".

"É tempo de resolver a questão saharaui para que se possa adquirir a paz, a calma e a fraternidade na região, antes que as coisas escapem a qualquer controlo", advertiu Bibatt.

 (SPS)

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