O presidente da República Árabe Saharaui Democrática (RASD) e
secretário-geral da Frente Polisario, Mohamed Abdelaziz, referiu quarta-feira que
o julgamento contra os 24 cidadãos saharauis ppr alegada implicação nos distúrbios
registados durante o desalojamento do acampamento de protesto de Gdeim Izik, nas
cercanias de El Aaiún, em 2010, representou “uma nova vitória para a causa
saharaui”.
O tribunal ditou uma condenação perpétua para nove
saharauis, e condenou a 30 anos de prisão quatro pessoas, a 25 anos oito réus, e
a 20 anos outros dois. Aos condenados o tribunal militar de Rabat acusou-os de delitos
de “formação de bando criminoso, violência contra as forças públicas com a morte
como resultado”.
Em discurso da comemoração por ocasião do 37º aniversário da
proclamação da RASD, Abdelaziz criticou duramente “o julgamento militar contra os
heróis de Gdeim Izik, que fracassou quando era hora de satisfazer os elementos
básicos da legalidade e as condições de um julgamento justo, na opinião de muitos
observadores e organizações internacionais”.
Nesse sentido, Abdelaziz destacou que o julgamento “é uma nova
prova da ocupação marroquina, que se destaca pelos seus métodos de intimidação,
assassinatos coletivos, torturas e desaparecimentos”.
“Chegou o momento de a comunidade internacional dizer a Marrocos
que já basta. Este país, origem de várias ameaças para a região e violador do Direito
Internacional com a ocupação do Sahara Ocidental, alimenta a sua capacidade pela
produção e exportação de drogas e por animar o crime organizado e a ameaça terrorista”,
acrescentou.
Fonte: SPS
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