O Enviado Pessoal do SG da ONU, Christopher Ross, declarou
quinta-feira em Argel, capital da Argélia, que a sua ronda na região visa
definir os meios que facilitem as negociações entre Marrocos e a Frente
Polisario "a fim de se conseguir uma resolução política justa, duradoura e
aceitável para as duas partes e garantir o direito do povo saharaui à sua
autodeterminação".
Ross afirmou isso mesmo na Argélia nos encontros que manteve
com o presidente da Comissão de Negócios Estrangeiros, da Cooperação e da
Comunidade e os presidentes e representantes dos seis grupos parlamentares com
assento na Assembleia popular nacional argelina (APN).
O enviado de Ban Ki-Moon precisou que tem "trabalhado
na avaliação dos esforços despendidos nestes cinco últimos anos a fim de
conseguir um verdadeiro avanço na via das negociações diretas entre as duas partes".
Por seu lado, os presidentes e representantes dos grupos
parlamentares sublinharam "o desejo da Argélia de velar pelo respeito dos
princípios da boa vizinhança com todos e defender as justas causas".
Edifício da Assembleia Popular Nacional argelina |
Os dirigentes argelinos referiram ainda que a Argélia orgulha-se
de contribuir para a edificação da União do Magreb Árabe (UMA), acrescentando
que «ela não faz parte do conflito, mas que desenvolve esforços importantes
para se conseguir uma resolução equilibrada em conformidade com as decisões da
legalidade internacional e coloque um fim a este conflito que dura há 37 anos".
Os deputados foram unânimes em sublinhar que "se trata
de um processo de descolonização e que é imperativo permitir ao povo saharaui exercer
o seu direito à autodeterminação através de um referendo livre e integro sob a égide
das Nações Unidas".
Intervindo na ocasião, Belkacem Abbès, o presidente da comissão
dos Negócios Estrangeiros, da Cooperação e da Comunidade, sublinhou que as relações
com o Reino de Marrocos "são relações de amizade e fraternidade " lembrando
que muitas ONG através do mundo apoiavam o direito do povo saharaui à sua autodeterminação.
Lembrou que neste contexto de desenvolvimento de perigosos acontecimentos
na região do Sahel por causa do tráfico de drogas e armas há que estar alerto
para o impacte dessas atividades ilegais sobre a paz e estabilidade na região.
(SPS)
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