Sábado 3 de novembro, durante a manhã, os saharauis manifestaram-se
na Avenida Rass el Jaima, bairro Duerat e Batimat Alhumur (Bairro dos edifícios
vermelhos) para reivindicar o respeito pelos seus direitos e mostrar o seu
repúdio pela ocupação marroquina. Foram sistematicamente agredidos e dispersados
pelas forças policiais marroquinas.
Na rua Chaouia, por volta do meio-dia, um comando da polícia
marroquina apresava o antigo preso político saharaui Sarir Abdelmoutalib, de 27
anos. Agrediram-no e torturaram-no, desenhando uma bandeira marroquina na pele
do seu braço com uma faca.
Durante a noite, pelas 22h30, as forças de ocupação atacaram
pela segunda vez a casa de Omar Karbouk, jornalista membro da Equipa Mediática e
detiveram o seu primo, Khalil Chaikhi, também membro da Equipa Mediática. Khalil
Chaikhi foi torturado pela patrulha e depois soltaram-no. Foi ferido na cabeça e na cara.
Smara ocupada
No final da tarde de 3 de novembro (perto das 19.00h), cidadãos
saharauis manifestaram-se no bairro Tantan da cidade de Smara. As forças de
ocupação carregaram contra os manifestantes sem aviso prévio provocando
numerosos feridos.
Polícias marroquinos agrediram o ancião Banahi Jawda. Depois
saquearam a sua casa batendo no seu filho, Elwali Jawda, e na filha Fadala (Oum
Elfadli) Jawda.
Fadala Jawda, antiga presa política encarcerada durante 4
meses depois dos acontecimentos de Gdaim Izik, estava na casa de seu pai quando
os polícias entraram para saqueá-la. Agrediram-na partindo-lhe um braço, entre
outras lesões. Continua ainda no hospital no momento em que editamos esta
informação.
A casa de Ahl Chaikhi também foi saqueada pelos polícias marroquinos.
Said Hayan foi atropelado por um veículo da polícia, causando-lhe
traumas no fígado. Luali Andala, Said Mohamed Ahmed Nah e Layun Larosi e
Habouha Balwai também foram feridos no ataque policial.
O bairro permanece cercado pelas forças ocupantes desde a
manifestação.
Há uma da madrugada do dia 4 de novembro várias testemunhas afirmam
que as forças policiais e militares marroquinas cercaram o hospital, onde
numerosos defensores dos direitos dos saharauis tinham dado entrada para curar os
seus ferimentos. A essa mesma hora, as forças de ocupação efetuam cercos e detenções
aleatórias de saharauis que se encontravam na rua nesse momento, tivessem ou
não participado nas manifestações.
Fonte:
Poemario por un Sahara Libre
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