Mesa inaugural da III Conferência Internacional de Juristas
sobre o Sahara Ocidental. Da esquerda para a direita, Enrique Valdés Vives
(representante do conselho-geral da Advocacia espanhola) Pedro Sanjurjo
(presidente da Junta Geral do Principado das Astúrias) Felipe Briones Vives
(secretário-geral da Associação internacional de juristas pelo Sahara Ocidental)
Graciela Blanco (diretora da Agência Asturiana de Cooperação) e Silvia Junco
Martínez (vereadora da Cooperação pata o Desenvolvimento da Câmara Municipal de
Oviedo).
Juristas de todo o mundo analisaram este fim-de-semana no Auditório
Príncipe Felipe, Astúrias, a situação política e os constantes abusos de que é
alvo o povo saharaui desde 1975, um conflito que, ao longo de todos estes anos,
deixou um lastro de constantes assassinatos, detenções e torturas.
Durante 16 anos Mohamed Lahibi esteve encarcerado numa prisão
marroquina por ser partidário da independência do Sahara Ocidental. Durante
todo esse tempo sofreu todo o tipo de torturas e depois de ter vivido todo esse
inferno foi posto em liberdade quando a Polisario e Marrocos firmaram o
cessar-fogo.
A experiência vivida levou a tirar o curso de Direito para assim
defender todos aqueles que se encontram nessa situação.
Analisar a situação política do Sahara Ocidental é o objetivo
da terceira conferência internacional de Juristas reunida no auditório Príncipe
Felipe desde sexta-feira.
"A pilhagem dos recursos de um território ocupado é um
crime internacional. Há que levar Marrocos ante o Tribunal Penal Internacional pelo
espólio do Sahara Ocidental" afirma Carlos Ruíz Miguel, Catedrático de Direito
Constitucional na Universidade de Santiago de Compostela.
Espanha deve assumir o seu papel no cumprimento da sua
responsabilidade como potência administradora no processo de descolonização do Sahara
Ocidental, e deve fazê-lo agora porque fazê-lo demasiado tarde poderá ser
irrelevante". Bukhari
Ahmed. Representante da Frente Polisario nas Nações Unidas.
"A falta de independência judicial e de imparcialidade
do seu sistema jurídico fazem com que o regime marroquino seja uma caricatura de
um Estado de Direito" Jesús María Martín Morillo (Magistrado do Supremo Tribunal
de Justiça das Astúrias)
"O negócio das armas espanhol pode ser o motivo por que
o governo não se mostre interessado em resolver o conflito do Sahara Ocidental."
Jordi Calvo Rufanges (Centro de Estudos pela Paz JM delás. justicia i pau)
primeiro à esquerda na foto.
"O muro da vergonha marroquino no Sahara Ocidental, tal
como o muro da Palestina, constitui uma violação dos Direitos Humanos e do Direito
Internacional Humanitário" Javier Andrés González Vega. Presidente do
Observatório Asturiano de Direitos Humanos para o Sahara Ocidental. (primeiro à direita).
*Informação e fotos: Aby Athman.
Fonte RTPA
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