segunda-feira, 19 de novembro de 2012

III Conferência Internacional de Juristas sobre o Sahara Ocidental



Mesa inaugural da III Conferência Internacional de Juristas sobre o Sahara Ocidental. Da esquerda para a direita, Enrique Valdés Vives (representante do conselho-geral da Advocacia espanhola) Pedro Sanjurjo (presidente da Junta Geral do Principado das Astúrias) Felipe Briones Vives (secretário-geral da Associação internacional de juristas pelo Sahara Ocidental) Graciela Blanco (diretora da Agência Asturiana de Cooperação) e Silvia Junco Martínez (vereadora da Cooperação pata o Desenvolvimento da Câmara Municipal de Oviedo).

Juristas de todo o mundo analisaram este fim-de-semana no Auditório Príncipe Felipe, Astúrias, a situação política e os constantes abusos de que é alvo o povo saharaui desde 1975, um conflito que, ao longo de todos estes anos, deixou um lastro de constantes assassinatos, detenções e torturas.

Durante 16 anos Mohamed Lahibi esteve encarcerado numa prisão marroquina por ser partidário da independência do Sahara Ocidental. Durante todo esse tempo sofreu todo o tipo de torturas e depois de ter vivido todo esse inferno foi posto em liberdade quando a Polisario e Marrocos firmaram o cessar-fogo.

A experiência vivida levou a tirar o curso de Direito para assim defender todos aqueles que se encontram nessa situação.

Analisar a situação política do Sahara Ocidental é o objetivo da terceira conferência internacional de Juristas reunida no auditório Príncipe Felipe desde sexta-feira. 


"A pilhagem dos recursos de um território ocupado é um crime internacional. Há que levar Marrocos ante o Tribunal Penal Internacional pelo espólio do Sahara Ocidental" afirma Carlos Ruíz Miguel, Catedrático de Direito Constitucional na Universidade de Santiago de Compostela.



Espanha deve assumir o seu papel no cumprimento da sua responsabilidade como potência administradora no processo de descolonização do Sahara Ocidental, e deve fazê-lo agora porque fazê-lo demasiado tarde poderá ser irrelevante". Bukhari Ahmed. Representante da Frente Polisario nas Nações Unidas.


"A falta de independência judicial e de imparcialidade do seu sistema jurídico fazem com que o regime marroquino seja uma caricatura de um Estado de Direito" Jesús María Martín Morillo (Magistrado do Supremo Tribunal de Justiça das Astúrias)


"O negócio das armas espanhol pode ser o motivo por que o governo não se mostre interessado em resolver o conflito do Sahara Ocidental." Jordi Calvo Rufanges (Centro de Estudos pela Paz JM delás. justicia i pau) primeiro à esquerda na foto.



"O muro da vergonha marroquino no Sahara Ocidental, tal como o muro da Palestina, constitui uma violação dos Direitos Humanos e do Direito Internacional Humanitário" Javier Andrés González Vega. Presidente do Observatório Asturiano de Direitos Humanos para o Sahara Ocidental. (primeiro à direita).

*Informação e fotos: Aby Athman.
Fonte RTPA





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