A sociedade civil saharaui pediu às Nações Unidas que
trabalhe com o objetivo de desmantelar o muro militar marroquino que divide o Sahara
Ocidental e limpar a zona de minas, o pedido foi feito durante uma reunião com
o Enviado Pessoal do SG da ONU, Christopher Ross, que chegou sábado aos acampamentos
de refugiados saharauis no âmbito de uma viagem pelo norte de África e Europa.
A reunião contou com a presença da Associação de Familiares
de Presos e Desaparecidos Saharauis (AFAPREDESA), a Associação de Vítimas de
Guerra e Minas (ASAVIM) e a União de Jornalistas e Escritores Saharauis (UPES).
Durante a sua intervenção na reunião, o presidente da ASAVIM,
Aziz Haidar, pediu à ONU que pressione a ocupação marroquina a eliminar o muro
militar, uma muralha que atenta contra a natureza, a vida das pessoas e divide um
país, um povo, famílias inteiras e é considerado um crime de guerra.
minas anti-pessoal |
Aziz Haidar insistiu na pressão sobre Marrocos para que
subscreva os tratados e convenções internacionais sobre proibição de minas anti-
pessoal de Ottawa e de Oslo, destacando a este respeito que a Frente POLISARIO
já tinha firmado a Convenção de Oslo há anos atrás.
"Marrocos não pode continuar a recusar-se a permitir a limpeza
de minas no Sahara Ocidental que se encontram
disseminadas por todo o muro militar
marroquino", sublinhou o presidente da ASAVIM, ao mesmo tempo que apelou
às Nações Unidas que ajude os saharauis na reabilitação e ajuda às vítimas das
minas, cujo número aumenta de ano para
ano, revelando que a ASAVIM tem registadas 1.142 vítimas de minas.
Christopher Ross tem previsto vários encontros com a sociedade
civil, dirigentes da Polisario e do governo saharaui, e concluirá a sua visita esta
segunda-feira com uma reunião com o Presidente da República e Secretário-geral
da Frente Polisario Mohamed Abdelaziz.
(SPS)
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