Em 1975, um Franco enfermo, um mundo em plena guerra fria e
uma Espanha em transição deram origem a um Sahara Ocidental. Como era de
esperar, essa combinação de fatores criou um Sahara Ocidental que, quase 40 anos
depois da saída espanhola, continua ainda enredado numa teia que combina os ressentimentos
da guerra fria com novos desafios que enfrenta a comunidade internacional.
Durante décadas, o debate sobre o Sahara Ocidental esteve marcado
pelas reivindicações de autodeterminação pelo lado saharaui e de soberania
territorial por parte de Marrocos. Enquanto isso, a comunidade internacional optou
por uma política de «paninhos quentes» enquanto o doente continuava vivo,
evitando implementar decisões tomadas há duas décadas e referendadas pelas Nações
Unidas para que seja a vontade popular quem decida o futuro dos saharauis.
Artigo de Opinião de
Kerry Kennedy e Santiago A. Canton, Presidente e Diretor do Centro Robert F.
Kennedy para a Justiça e os Direitos Humanos, publicado no EL PAIS.
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