Fouad Ali El Himma, o íntimo conselheiro de Mohamed VI, convocou e dirigiu a reunião de desagravo ... |
Notícia
publicada hoje no jornal online independente marroquino Lakome, “O gabinete
real convocou ontem os chefes dos principais partidos políticos. O comunicado
final não menciona os EUA mas fala de «incompreensão e rejeição».
No seguimento da decisão dos EUA de pedirem a extensão do
mandato da MINURSO à vigilância dos direitos humanos no Sahara e em Tindouf, o
palácio reagiu ontem convocando para Fez os chefes dos principais partidos políticos
– adianta a notícia.
Diz ainda Lakome: Estes foram informados «dos últimos
desenvolvimentos da Questão Nacional no seio das Nações Unidas, e mais
particularmente sobre certas iniciativas tendentes a desvirtuar o mandato da
MINURSO», segundo refere o comunicado do gabinete real tornado público no final
do encontro. Não foi o próprio rei Mohamed VI que geriu a reunião mas sim o seu
conselheiro Fouad Ali El Himma.
«A reunião foi a ocasião de reiterar o consenso nacional em
redor da posição constante do Reino de Marrocos para rejeitar categoricamente
estas iniciativas», segundo refere o comunicado. «[...] a parcialidade deste
tipo de iniciativa unilateral e sem consulta prévia, em termos de conteúdo, de contexto
e de aplicação apenas podem suscitar incompreensão e rejeição.», afirma o texto.
Aquele periódico conclui que “Os EUA não são mencionados no comunicado,
que parece ser destinado essencialmente a uso interno”.
Por sua vez, o site
informativo marroquino “Demainonline”, dirigido pelo conhecido jornalista Ali Lmrabet,
interrogava-se : « Resta saber como é que vai reagir a França no
Conselho de Segurança cujos laços com a Argélia foram substancialmente
reforçados nos últimos tempos. Se Paris respeitar o princípio da neutralidade
no conflito, uma ideia cara ao presidente François Hollande que gostaria de tratar
Marroquinos e Argelinos no mesmo pé de igualdade, estaremos então frente a uma
verdadeira viragem”.
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