O Conselho de Segurança das Nações Unidas, exortou hoje, quinta-feira,
dia 25 de abril, ambas partes do conflito do Sahara Ocidental (Frente Polisario
e Marrocos) a prosseguirem as conversações "sem condições prévias e de boa
fé", com vista a conseguir uma solução política justa, duradoura e
mutuamente aceitável "que preveja a autodeterminação do povo do Sahara Ocidental".
Numa resolução aprovada hoje, o Conselho de Segurança reclama
também uma maior vontade política que permita criar uma atmosfera propicia ao diálogo
a fim de iniciar "uma fase mais intensiva e substantiva de negociações".
O documento reitera o apoio aos esforços do enviado pessoal
do Secretário-Geral da ONU para o Sahara Ocidental, Christopher Ross.
Em declaração à imprensa, o representante da Frente
Polisario na ONU, Ahmed Bukhari destacou que "a questão dos direitos humanos
ocupou boa parte do debate que teve lugar entre os membros do Conselho de Segurança
das Nações Unidas" sobre o conflito do Sahara Ocidental.
Bukhari recordou que esta questão figura no centro das
recomendações do relatório do Secretário-Geral e a sua importância foi enfatizada
pela iniciativa dos EUA de incorporar no mandato da Missão da ONU para o Referendo
do Sahara Ocidental, MINURSO, a tarefa de observar e monitorar a situação dos direitos
humanos no Sahara Ocidental.
"A iniciativa americana, em linha com a posição oficialmente
expressa pela União Africana e por países membros e não membros do Conselho de
Segurança, foi uma contribuição notável aos esforços que têm vindo a ser
desenvolvidos por organizações e instituições internacionais de reconhecida credibilidade
com o objetivo de pôr fim às graves violações dos direitos humanos que Marrocos
comete na parte ocupada do Sahara Ocidental", acrescentou.
O Representante da Frente Polisario afirmou que o povo saharaui,
convencido da justiça da sua causa e do apoio da Comunidade internacional ao
seu direito inalienável à autodeterminação e à independência, "prosseguirá
a sua legítima luta pela liberdade e dignidade".
SPS
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