PUSL - Pelo quinquagésimo segundo dia consecutivo, o preso político saharaui, Mohamed Lamine Haddi, continua a sua greve de fome e o seu destino é desconhecido pelo décimo segundo dia consecutivo.
O diretor da prisão “Mohammad Al-Boushiti” alega que o preso político saharaui, Mohamed Lamine Haddi, não está em greve de fome. A delegação das Penitenciárias também o afirma, alegando numa nota que a família deste preso deseja violar as medidas cautelares contra o corona vírus. Informamos que a família de Mohamed Lamine permaneceu um ano sem ir à prisão de Tiflet 2 para visitar o seu filho, por respeito às medidas de precaução de saúde. Quando essa família veio à prisão, usavam máscara e tinham esterilizador. Esta encenação nada mais é do que um esquema e mentira com o qual o regime marroquino justifica as suas ações, e o Conselho Nacional de Direitos Humanos de Marrocos não demorou em alinhar-se na mesma onda de mentiras, declarando que uma equipa do mesmo conselho visitou o preso político saharaui, Mohamed Lamine, que goza de boa saúde, goza de todos os seus direitos e não está em greve.
Portanto, como família do preso político saharaui Mohamed Lamine, refutamos todas estas alegações e falsas declarações contra a nossa família, o nosso filho e os nossos direitos.
– Também asseguramos à opinião pública que o nosso filho dá o seu último suspiro à mercê do carrasco, “Muhammad Al-Boushiti” se ainda estiver vivo, e se estiver morto, estão a esconder a verdade.
– É concebível que a mãe do preso político saharaui, Mohamed Lamine Haddi, esteja privada de o ver e que deixem que uma equipa do CNDH o visite?
– Se Mohamed Lamine Haddi estava bem de saúde como afirmam, então como família exigimos uma visita urgente e imediata de uma equipe médica independente para ao preso político, Mohamed Lamine Haddi
– Como foi indicado no depoimento que uma equipe do conselho visitou Mohamed Lamine na sua cela, esta é a melhor prova de que ele se encontra numa situação muito crítica a um ponto que não se pode mover, o que obrigou a equipe a ir à sua cela.
– Por último, asseguramos ao público que o destino do nosso filho é desconhecido há doze dias e que está em greve de fome pelo quinquagésimo segundo dia consecutivo e que não tem nenhum dos seus direitos legítimos ratificados pelo estado marroquino com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, porque sofre de discriminação racial e maus-tratos por parte do diretor da prisão, “Muhammad Al-Boushiti”, que o priva de leitura e cuidados de saúde , e de acordo com o seu último contato connosco ele estava a sofrer de várias doenças (estômago, rins, asma, enurese) e disse que o seu odor corporal era insuportável, ele mal consegue respirar por causa da gravidade do ar poluído.
– Portanto, voltamos a pedir para organizar uma visita urgente de uma equipa médica especializada e independente à cela do preso político saharaui Mohamed Lamine Haddi, e para inspeccionar o seu estado de saúde, porque se encontra à beira da morte.
– Pedimos ao estado marroquino que revele o destino do nosso filho desconhecido há doze dias
o nosso apelo à Cruz Vermelha Internacional, à comunidade internacional, a todas as organizações de direitos humanos e a todas as consciências vivas, para intervir urgente e imediatamente para proteger os civis saharauis e salvar a vida de Mohamed Lamine Hadi se ainda estiver vivo.
A família do preso político saharaui e jornalista Mohamed Lamine Haddi
(notícia divulgada pelo sítio “Por Un Sahara Libre”)
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